O termo inglês, “hedge” significa cerca, barreira, no sentido de proteção. Em termos financeiros, uma operação de hedge, é uma forma de proteger as negociações contra as oscilações do mercado no futuro. Apesar de ser muito usada em operações cambiais, o hedge é também muito comum na proteção de preço de commodities dado que têm fortes oscilações de preços.
Podemos exemplificar uma operação de hedge da seguinte forma:
Um produtor de cereal está a planear a sua colheita para daqui a três meses. Ora, o produtor não sabe a que preço vai estar o produto na época da colheita. Para evitar perdas catastróficas, caso haja uma queda brusca do preço, ele compra uma opção de venda para uma determinada quantidade da mercadoria ao preço X. Com essa operação o produtor garante que vai vender o produto ao preço X, em determinada data. Essa opção de venda protege o produtor contra as fortes oscilações do preço do produto no mercado. Mas, caso o preço do cereal ultrapasse o preço fixado na opção de venda, o produtor não é obrigado a exercer a operação.
Vale a pena referir que toda a operação de hedge tem custos, além dos diretamente observados, como taxas de bolsa, corretagem e spreads (diferença entre preços). É importante que a empresa ou o investidor calculem, em diferentes cenários, os ganhos e as perdas com cada opção de hedge, bem como esses resultados na ausência de qualquer tipo de hedge.
A operação de hedge não evita que o indesejado ocorra, no entanto, atenua os efeitos negativos que ocorram sobre diversas transações. Assim, gerindo ativos que reagem de forma inversa a certos eventos, as operações de hedge passam a ser uma ferramenta fundamental no controle de riscos.
Regra geral as operações de hedge são realizadas na Bolsa de Mercadorias & Futuros, e para a realização, numa escala significativa do ponto de vista macroeconómico, das operações de cobertura de riscos (hedge) é indispensável que haja mercados nos quais se negociem, para entrega e liquidação futura, os mesmos ativos que nos mercados à vista.